Argentina tem várias regiões vinícolas, que são importantes atrativos turísticos do país e fazem parte da rota mundial do vinho. Destinos imperdíveis para enófilos, as regiões vinícolas do país são um excelente local para quem quer conhecer o processo de elaboração da bebida, a sua história e também para degustar excelentes vinhos diretamente da fonte.

A seguir, vamos falar um pouco sobre as principais regiões vinícolas do país, começando pela mundialmente famosa Mendoza. Acompanhe para saber mais e planejar sua visita às vinícolas!

Mendoza

Localizada ao pé da Cordilheira dos Andes, a cidade de Mendoza tem sua história profundamente ligada ao cultivo das uvas e à produção de vinhos. Fundada em 1561, Mendoza é hoje considerada a capital dos vinhos argentinos, já que é responsável por mais de 70% da produção nacional de vinhos. As primeiras mudas de videiras plantadas na cidade vieram do Chile, mas foi somente com a chegada de imigrantes alemães, espanhóis e italianos que o cultivo da uva cresceu e se desenvolveu.

Algumas características da cidade fazem com que ela tenha o que pode ser considerado o terroir perfeito para a produção de uvas e vinhos. Dentre elas, destacam-se a altitude entre 900 e 1200 metros, a pouca chuva, o vento seco, a baixa umidade do ar e o solo desértico.

Assim, o clima é perfeito para aumentar a concentração de açúcar nas uvas e diminuir a incidência de fungos. Já a queda da temperatura durante a noite, aumenta a qualidade dos tanitos, deixando os vinhos menos adstringentes e mais redondos. Existe uma infinidade de uvas produzidas na cidade de Mendoza, mas as que se adaptam melhor são as clássicas Malbec, Cabernet Sauvignon e Chardonnay.

Com esse clima perfeito para a produção de uvas, Mendoza só podia mesmo ser uma grande produtora de vinhos. Portanto, se você pretende visitar as regiões vinícolas da Argentina, comece por Mendoza!

San Juan

Cerca de 21% do vinho argentino é produzido na região de San Juan, que é a segunda maior produtora de vinho do país, perdendo apenas para Mendoza. Juntas, as duas regiões concentram cerca de 85% da produção local.

A província tem cerca de 47 mil hectares de vinhedos, localizados na capital San Juan e em cidades dos arredores, como JachalUllumZondaTulum e o Valle Fértil. A região é bastante quente e seca, e a altitude é ainda maior que em Mendoza, ficando entre 650 e 1400 metros. Uma das uvas que mais tem sido cultivada em San Juan é a Syrah, que se adapta muito bem ao clima do local, juntamente com a Bonarda.

Salta

Localizada mais ao norte do país, Salta é quase uma província boliviana. Com uma capacidade produtiva bem menor em relação às duas regiões citadas anteriormente, Salta destaca-se pelas belas paisagens.

É lá que fica o desfiladeiro de Cafayate, onde corre o Rio de las Conchas. Nessa região, vale a visita à vinícola Bodega el Esteco, uma das mais tradicionais do país e que tem uma vista magnífica, a mais de 1700 metros de altitude. Em Salta, localizam-se os vinhedos mais altos do mundo.

produção de vinho na região ocorre nas localidades de Molinos, San Carlos, Cachi e La Poma, totalizando mais de 4100 hectares de parreirais. Sem dúvida, vale a pena visitá-la!

Patagônia

A última região que vamos mencionar neste post é situada bem ao sul do país. Inclusive, é aqui que se localizam os vinhedos mais ao sul do planeta. Na Patagônia, ao contrário das outras regiões citadas, o clima não é quente, mas sim frio e seco, quase desértico.

Na região, venta bastante, o que favorece a produção das vinhas, que dificilmente são atacadas por fungos. Além disso, assim como em Mendoza, as plantações de uvas são regadas pela água pura que desce da Cordilheira dos Andes nos períodos de degelo dos picos montanhosos. Todas essas características somadas a um solo de excelente qualidade resultam em uma uva de alto padrão, ótima para a produção de vinhos.

A Patagônia tem mais de 3700 hectares de parreirais, localizados principalmente nas províncias de Rio Negro e Neuquén, entre 300 e 500 metros de altitude. Os vinhos argentinos produzidos por lá são intensos e com grande personalidade, devido às temperaturas mais baixas e a maturação prolongada das uvas, uma das uvas mais adaptadas a esta região é a emblemática Pinot Noir.

Além dessas quatro regiões, também vale citar as vinícolas de La Rioja e Catamarca, locais onde a produção de vinho também é intensa. Se você é um enófilo, com certeza vale muito a pena visitar o país vizinho e passar alguns dias conhecendo esses lugares, que fazem parte da rota mundial do vinho.

 

Fonte: blog.famigliavalduga.com.br